A background of a fence with barbed wires under a dark sky
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Quando um adolescente comete um ato infracional, ele não é tratado como um criminoso adulto. Em vez de aplicar punições penais, o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) estabelece medidas socioeducativas, com foco na reeducação e reintegração do jovem à sociedade.
Neste artigo, o Sereno Advogados Associados explica de maneira clara o que é considerado ato infracional, quem é o menor infrator, como funciona o processo socioeducativo e quais são as possíveis medidas aplicadas pela Justiça.
O termo menor infrator se refere ao adolescente entre 12 e 18 anos que comete uma ação definida pela lei como crime ou contravenção penal (art. 103 do ECA).
Ao contrário do que muitos pensam, o ECA não rotula esse jovem como criminoso. Pelo contrário, ele o reconhece como uma pessoa em desenvolvimento. Por isso, a legislação prioriza a orientação e a reintegração social, e não a punição. Além disso, o sistema socioeducativo busca oferecer caminhos para que o jovem modifique seu comportamento.
Mesmo após cometer um ato infracional, o adolescente mantém seus direitos garantidos. Entre eles estão:
Esses direitos são essenciais para assegurar que o processo tenha caráter educativo, e não punitivo. Além disso, funcionam como uma proteção contra possíveis abusos no decorrer da apuração.
As medidas socioeducativas têm caráter educativo, não punitivo. Elas estão previstas no art. 112 do ECA e variam conforme a gravidade do ato e a situação do adolescente. Veja, a seguir, as principais medidas:
Vale lembrar que a internação só é permitida em situações específicas. Além disso, o prazo máximo é de 3 anos, com revisão obrigatória a cada 6 meses. Portanto, a medida de internação deve ser sempre excepcional e temporária.
O processo socioeducativo é diferente do processo penal comum. Ele é mais rápido e protetivo, garantindo os direitos do adolescente em todas as etapas. Veja como ele se desenvolve:
Durante todo o processo, o adolescente conta com defesa técnica, acompanhamento familiar e respeito à sua dignidade. Além disso, a Justiça garante que o processo ocorra de forma célere e adequada à idade e vulnerabilidade do jovem. Assim, busca-se equilibrar responsabilização e proteção.
Não. Crianças com menos de 12 anos não são responsabilizadas por ato infracional. Nesses casos, o Conselho Tutelar pode aplicar medidas de proteção, como:
Portanto, há uma diferença clara entre responsabilização de adolescentes e medidas aplicadas a crianças. Dessa forma, o ECA estabelece limites para assegurar a proteção integral.
O tratamento do menor infrator pelo ECA parte da ideia de que todo adolescente pode aprender com seus erros e se reintegrar à sociedade. Assim, as medidas socioeducativas oferecem essa oportunidade, respeitando a lei, a dignidade e os direitos fundamentais. Além disso, elas reforçam o caráter pedagógico e protetivo da legislação.
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Possui Pós Graduação em Advocacia Trabalhista, pela Rede de Ensino LFG. Atua principalmente na área de Direito do Trabalho há 10 anos.
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