pais separados no sofá

Pais separados: como manter os filhos saudáveis e sem traumas

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Pais separados
PAIS SEPARADOS no sofá

A princípio, os filhos de pais separados acham que estão vivenciando uma tragédia, onde é impossível não gerar nenhum trauma. Será possível uma separação sem traumas para os filhos? Leia o nosso post.

Sim, é possível vivenciar uma separação sem sofrer grandes traumas, assim como é possível que os filhos compreendam que foi melhor assim, para toda a família. Nestas horas é indispensável manter o respeito, o bom senso, a paciência e claro, muito diálogo!

Eu acredito nisso, e posso exemplificar com minha própria história.

Quando me divorciei, há 15 (quinze) anos atrás, meus filhos tinham apenas 15 e 10 anos de idade. Desde então, busco as melhores alternativas para divórcios sem traumas, ou com o mínimo deles.

Com base na minha experiência profissional, posso afirmar que as soluções consensuais, como a Conciliação e a Mediação familiar, são meios bastante eficazes.

Na busca de tornar o divórcio menos traumático para todo o grupo familiar, o acordo firmado entre as partes com auxílio do conciliador, mediador ou advogado, sem a presença do juiz, é uma alternativa muito válida.

As soluções consensuais possibilitam que os casal separado tome decisões mutuamente satisfatórias, com significativa redução dos traumas.

Quando as partes optam por realizar acordo, todos os desgastes próprios da ação de divórcio são evitados, beneficiando todo o grupo familiar, que consequentemente, deixam de se submeter aos extensos e burocráticos procedimentos judiciais, que na maioria das vezes, só instigam ainda mais o conflito já estabelecido. Descubra o que é divórcio perante a lei, clique aqui para ler.

Você vai concordar que, se inexistem as discussões entre o ex-casal os traumas e impactos decorrentes deste procedimento serão naturalmente menores entre membros da família. Inevitavelmente o processo judicial litigioso instiga o conflito entre o casal, o que atinge diretamente os filhos advindos dessa união.

Resolver problemas conjugais fora do Judiciário evita ofensas pessoais durante o processo de divórcio, enfraquecendo um possível clima de competição (perde e ganha).

É preciso que o casal saiba lidar com suas diferenças, mostrando-se seguros e lúcidos sobre suas decisões. Isso facilitará a compreensão sobre o fim do relacionamento, o que certamente será melhor assimilado pelos filhos de “pais separados”.

O advogado exerce um papel de suma importância quando o casal deseja enfrentar o divórcio, principalmente quando se têm filhos. Isso porque, o advogado é quem irá orientar o casal, sobre os direitos e deveres de cada um dos cônjuges, incentivando-os a tomar a decisão que melhor refletirá o desejo destes, de modo a causar o menor dano possível.

Neste cenário o advogado, além de profissional habilitado, é também um terceiro fora do núcleo familiar. Sendo o advogado uma pessoa estranha ao conflito, conseguirá olhar o divórcio com olhos imparciais, orientando de forma equilibrada o interesse de ambos os cônjuges.

É certo que a relação chegou ao fim, mas que a relação dos pais separados com os filhos continuará sendo a mesma. O divórcio deve ser procedimento que alcança o casal, nunca os filhos, já que com estes, o relacionamento será eterno.

Veja no vídeo da psicóloga Dani Rita, sobre como uma criança se sente em relação à separação dos pais.

Divulgação: Youtube

Neste contexto, é muito importante que os filhos sintam-se amados, independentemente dos pais morarem no mesmo lar. Os filhos precisam entender que o que acabou foi o casamento, não a relação paterno filial, que, conforme outrora aludido, trata-se de vínculo eterno.

É claro que deve ser respeitada as emoções, visíveis quando existe o rompimento de um relacionamento. Todavia, os pais devem observar seus próprios sentimentos para assim poder ajudar os seus filhos a fazerem o mesmo.

Para evitar que os filhos sofram grandes traumas com o divórcio de seus pais, o então casal precisa ter em mente que a conduta deles deve respeitar a saúde mental de seus filhos. Como isso pode ser feito na prática? Os filhos não podem ser envolvidos em qualquer que seja o conflito travado entre seus pais no processo, não devem ter acesso às informações que dizem respeito exclusivamente ao divórcio.

A experiência, e sobretudo o bom senso do advogado, auxilia bastante no diálogo entre o casal. O advogado deve demonstrar as vantagens da conciliação, e também adverti-los das desvantagens do litígio.

Quando os pais separados buscam resolver suas mágoas e raivas sem envolver seus filhos, há um grande avanço no equilíbrio emocional familiar.

Clique aqui para ver sobre as possíveis soluções para um rompimento familiar.

O oposto disso é extremamente nocivo para o núcleo familiar, e acontece quando pais separados usam seus filhos como meio para atingir um ao outro.

Resguardar a saúde emocional dos filhos deve ser o maior objetivo dos pais que optam pelo término do casamento/relação. Quando a separação é recente os filhos também ficam naturalmente fragilizados, já que toda a rotina da casa passa por mudanças e adaptações, com a ausência de um dos pais e eles sentem isso.

Se os pais separados deixarem transparecer raiva ou mágoa do outro na frente dos filhos, essa atitude poderá deixá-los aflitos, ou ainda pior do que isso, os filhos podem sentir culpa pela briga dos pais, como se ele fosse a origem do desentendimento.

Não raro, o casal transmite o seu sofrimento com o processo de separação para os filhos, crianças ou adolescentes, muitas vezes ainda sem estrutura psicológica e emocional.

É também bastante comum os filhos de pais separados virarem confidentes dos problemas do pai ou da mãe.

Em regra, os filhos têm dificuldades para compreender seus próprios sentimentos em relação ao divórcio, imagine o quão difícil e inapropriado é esperar que eles compreendam os problemas de seus pais.

O advogado também deve possuir a sensibilidade para entender a fragilidade do momento, e orientar da melhor forma, todos os envolvidos no procedimento de divórcio. O primeiro passo é instruir que os pais devem explicar aos seus filhos que, a partir de determinado momento, eles irão morar em casas separadas, endossando que, apesar disto, não ficarão distantes de seus filhos.

O diálogo estabelecido entre pais e filhos é muito importante. O ideal é que os pais coloquem as animosidades pessoais de lado, para que possam demonstrar muito amor e carinho ao abordar o assunto com a criança, que deve se sentir amada e protegida neste momento.

Mesmo sendo um momento difícil para toda a família, a condução das decisões podem e  serão amenizadas, se a atitude dos pais puder oferecer maior segurança emocional aos filhos.

Demonstrar companheirismo e reafirmar a aproximação em todos os momentos de sua vida é o que todo filho precisa ouvir. Deve-se deixar claro que família feliz não é aquela que preserva o matrimônio acima de tudo.

É muito importante também, afastar o pensamento que filhos de pais separados serão adultos problemáticos. A tristeza causada pela separação dos pais não “cria” necessariamente pessoas problemáticas. Tal assertiva não passa de uma crendice popular.

A título de exemplo cito meus filhos, que possuem uma convivência harmônica com as pessoas com as quais convivem, principalmente os pais.

A manutenção de uma relação/casamento infeliz é ainda mais prejudicial à saúde física e mental da criança, do que o divórcio em si, principalmente quando há hostilidade e agressividade entre o casal.

Se a criança cresce em um ambiente hostil, adulta ela vai acreditar que os problemas somente podem ser resolvidos na base da briga. Assim sendo, certamente ela terá dificuldades em seus relacionamentos sociais ou amorosos.

Se o convívio diário é nocivo para todo o grupo familiar, não restam dúvidas que a separação/divórcio é a solução mais adequada para preservar a saúde e integridade da família.

O importante é que o filho de pais separados tenha os seus pais como ponto de referência, seu “Porto Seguro”.

A confiança que os filhos depositam nos pais é essencial para blindá-los de informações desagradáveis sem que sofram um grande abalo.

A demonstração de respeito e o amor praticado de fato é o que nutrirá o bom relacionamento dos filhos com os seus pais antes, durante e após o divórcio/separação. O modo como cada criança se ajustará à separação depende diretamente de como os pais irão se comportar. Será que o divórcio é a melhor opção para os filhos, descubra clicando aqui.

A criança não deve ficar alheia as informações do divórcio, ela pode e deve ser informada, desde que respeitados os meios adequados, conforme sua idade.

Importante conversar com um advogado sobre as informações do divórcio e a melhor forma de comunicá-las aos filhos. A depender do caso, um apoio psicológico também pode ser muito importante para a saúde emocional das crianças e adolescentes.

Que fique claro que os pais devem comunicar o divórcio aos filhos, mas não devem expor detalhes de conflitos travados, denegrir ou culpar o outro pelo fim da união. É preciso conversar a respeito, mas, expor a criança a todos os detalhes e conflitos só lhe trará traumas e confundirá sua cabeça, condutas que devem ser afastadas.

É importante dizer aos filhos de que eles não são os culpados pela separação, e que esta decisão é exclusiva dos casal. O simples fato de verbalizar isso, poderá proteger desenvolvimento saudável dos filhos.

O mais importante é que os filhos de pais separados saibam que sempre terão seus pais por perto. As crianças devem saber que podem contar com seus pais.

Para saber mais sobre o assunto, não deixe de dar uma olhada no nosso artigo “O divórcio pode ser a melhor opção para os filhos?”, disponível no link a seguir:

https://serenoadvogados.adv.br/divorcio-melhor-opcao-para-filhos/.

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